Somos o que nascemos.
Nascemos e tornamo-nos.
Vamos crescendo à medida do possível, e por vezes aprendemos com o impossível que nos chega.
À distância ou perto demais.
Vivemos a vida durante a morte.
Lutamos para prolongar a estadia terrena. Conscientes.
Ou inconscientes, uns lutam pela justiça e outros pela bravura e a coragem.
Somos o corpo que nascemos.
A prisão a que nos queremos desprender.
Os braços e pernas dum destino rabiscado muito antes da primeira lágrima.
Do primeiro sorriso.
Do beijo primeiro ou do abraço que démos.
Somos a recordação e a lembrança no mesmo gesto.
A membrana que reveste a pele e a carne.
Somos o resto daquilo que ainda falta.
Daquilo que faz falta.
Enquanto uns lutam pela felicidade e outros pela cura à infelicidade.
Somos os passageiros e os viajantes na mesma estrada.
Pedra.
Pedra.
Pó e matéria circunscrita na terra.
Antes de tudo. No princípio de nada.
Somos o primeiro passo. A fragilidade em aprendizagem.
A fraqueza e a resistência.
E levantamo-nos erguidos sobre os pés.
Caminhando em linhas rectas. Transversais.
Uns mais que outros.
Ninguém como alguém.
Somos um mundo secreto por descobrir.
Uns mais que outros.
Ninguém como alguém.
Somos um mundo secreto por descobrir.
Trazemos a voz à boca para falar.
Para nos fazer entender, mais do que todos os mistérios.
Para nos fazer entender, mais do que todos os mistérios.
Antes de nada. No princípio de tudo,
somos o gume da faca a atravessar a esperança e o desejo.
1 comentário:
STUM "SOMOS Todos UM"
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