os dois lugares ficam ocupados de repente. ela senta-se no doze. ele no dez. sussurram um com o outro. murmuram baixo a par e par. enquanto a multidão se acomoda. enquanto o barulho se vai perdendo devagarinho. ela tem uma atenção exigente fora de si. já ele uma emoção que transborda até aos olhos. feliz é a lágrima que cai pelo rosto sem pedir licença. e sem disfarce. o pano sobe. e a coreografia de luzes rompe através das pálpebras. um piano. um acordeão. uma harpa. a dança dos dedos. o lirismo das mãos. às vezes ele desvia o rosto para ela. mas que ela não se apercebe. noutras vezes é ela que o observa de relance. sem que ele se dê conta. cruzam-se na matéria entre o som e a harmonia. mas é sempre melhor quando coincidem um com o outro. quando isso acontece que é quase constante. no antes e no durante. para depois. recomeçar. acrescentando pedras. a solo.
sábado, 10 de julho de 2010
m e l o d i a (ou o nome dos dias)
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