um dia aprendi através das luzes
que todas as manchas de carvão
têm a errância das minhas mãos
que o papel não escurece
nem se aclara com o passar
dos anos e no entanto só
o que vejo me tem fugido
entre parágrafos e diários
de nada possuir senão
a eterna criança que me
conta o que sinto muito
são as palavras que
escrevo e os poemas
que aparecem nos sinais
sibilos em sonhando-se
lua bermas e rastros
o sol de tão esperado
desejos derradeiros sempre
23.03.2010
1 comentário:
és como sempre foste e como ainda te recordo :)
um beijo de uma sempre e tua pérola ;)
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