segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Efeméride da claridade



Pontos luz desenvolvem-se à minha volta.
E em redor da tua sombra
manifestam-se à velocidade com que me questiono.

Acendo a luz e desabafo um primeiro suspiro na tua
ausência.
Faz hoje muito tempo desde que te foste embora.

Saíste por aquela porta clara
no teu vestido preto de seda nos teus olhos
a despedires-te de mim intranquila.

Apenas uma pequena mala na tua mão direita.
Na esquerda o teu pequeno vício que
mantinhas nas horas solenes.

Hoje sinto-te à distância. Nos feixes luminosos
que circulam devagar na minha cabeça.

Serás feliz?

Às vezes gostava de saber porque razão
abandonámos tudo. De perceber
o motivo que nos afastou e nos devolveu
às nossas vidas anteriores- as mesmas que ferimos ao sol duma tarde.

Quando nos conhecemos
tu eras o dia eu a noite
mas interrogo-me senão terá sido desde sempre o contrário.
Eu o dia tu a noite o sol

e a lua como tu dizias- o veneno um do outro era para bebermos a sós, ao luar.

Nesse espaço de noite
que tanto gostavas por sermos mais dois desconhecidos, somente.

Do que será que nos esquecemos?

Entre -tanto, depois.

1 comentário:

Unknown disse...

rapaz... tava dificil mas ca deixo o meu testemunho, desculpa n ter vindo antes...

as palavras... o q dizer das palavras... sao elas a fonte de um pequeno alivio, dakilo q sentimos e pensamos???

as palavras... essas malditas.. q por vezes parecem dakelas drogas... mas esta surge ca de dentro...

as palavras... por vezes altivas e prontas a serem disparadas... outras vezes mudas, silenciosas e dolorosas...

um abraço