Pontos luz desenvolvem-se à minha volta.
E em redor da tua sombra
manifestam-se à velocidade com que me questiono.
Acendo a luz e desabafo um primeiro suspiro na tua
ausência.
Faz hoje muito tempo desde que te foste embora.
Saíste por aquela porta clara
no teu vestido preto de seda nos teus olhos
a despedires-te de mim intranquila.
Apenas uma pequena mala na tua mão direita.
Na esquerda o teu pequeno vício que
mantinhas nas horas solenes.
Hoje sinto-te à distância. Nos feixes luminosos
que circulam devagar na minha cabeça.
Serás feliz?
Às vezes gostava de saber porque razão
abandonámos tudo. De perceber
o motivo que nos afastou e nos devolveu
às nossas vidas anteriores- as mesmas que ferimos ao sol duma tarde.
Quando nos conhecemos
tu eras o dia eu a noite
mas interrogo-me senão terá sido desde sempre o contrário.
Eu o dia tu a noite o sol
e a lua como tu dizias- o veneno um do outro era para bebermos a sós, ao luar.
Nesse espaço de noite
que tanto gostavas por sermos mais dois desconhecidos, somente.
Do que será que nos esquecemos?
Entre -tanto, depois.
1 comentário:
rapaz... tava dificil mas ca deixo o meu testemunho, desculpa n ter vindo antes...
as palavras... o q dizer das palavras... sao elas a fonte de um pequeno alivio, dakilo q sentimos e pensamos???
as palavras... essas malditas.. q por vezes parecem dakelas drogas... mas esta surge ca de dentro...
as palavras... por vezes altivas e prontas a serem disparadas... outras vezes mudas, silenciosas e dolorosas...
um abraço
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